Como as fintechs têm ajudado a diminuir fraudes nas empresas
Atos fraudulentos geram ambiente de desconfiança entre gestores e colaboradores, além de prejuízos financeiros.
O combate a ações fraudulentas deve ser prioridade das empresas, já que os perigos de uma gestão frágil podem causar não só a perda de dinheiro, mas em situações mais graves, a falência do negócio. É o caso, por exemplo, da gigante Enron, dos Estados Unidos, que fechou as portas, deixando um prejuízo de US$ 1,5 bilhão e dívida de aproximadamente US$ 13 bilhões, após fraudes cometidas por diretores da corporação.
Infelizmente, esse é um cenário mais comum do que imaginávamos. Segundo pesquisa realizada pela Consultoria Hands On Solutions, uma companhia com receita igual ou superior a R$ 10 milhões chega a perder até 8% de seu faturamento com ações fraudulentas, o que representa prejuízo anual de até R$ 500 milhões.
E os danos não se restringem apenas a área financeira. Os atos fraudulentos também geram um ambiente de desconfiança entre gestores e colaboradores, além de interferir na entrega dos resultados, o que torna o problema ainda mais perigoso a longo prazo.
Por isso, é necessário manter atenção aos detalhes e identificar com rapidez as brechas que facilitam esses atos. O estudo da consultoria aponta também que as principais ações para driblar o orçamento ocorrem com a quebra das políticas de despesas, como fraudes em viagens corporativas, almoços de negócio ou cálculos de quilometragem. Práticas que, quando somadas, revelam um rombo no caixa.
Soluções
Por essa razão, os empresários e gestores têm buscado soluções sólidas para inibir tais ações. Diante deste cenário, as fintechs surgem com o objetivo de oferecer recursos tecnológicos capazes de automatizar e otimizar processos que antes eram feitos de forma excessivamente manual, o que muitas vezes contribuía para que os erros acontecessem com mais frequência, abrindo brechas para as fraudes.
Além de trazer mais segurança para o negócio, os expenses managers — já muito conhecidos e utilizados no mercado internacional — são plataformas que proporcionam mais eficiência operacional e facilitam o trabalho da área de compliance nas empresas.
No entanto, entre as soluções nacionais disponíveis, as melhores continuam sendo aquelas que oferecem serviços completos, capazes de fornecer suporte para mais do que apenas reembolsos, adiantamentos e conciliação de gastos do cartão. As que oferecem métodos de pagamento nativamente integrados conseguem suprir com mais eficiência as necessidades dos gestores financeiros e demais colaboradores da empresa.
Isso porque, contrariando a crença popular, uma solução bastante eficaz para eliminar as fraudes financeiras é o uso dos cartões corporativos. Afinal, é possível designar uma unidade para cada departamento ou funcionário, separando assim os custos de cada pessoa, além de monitorar todos os gastos em tempo real por meio de dashboards e relatórios.
Tecnologia
Em se tratando dos cartões corporativos oferecidos pelas soluções de expenses manager, a segurança é duplicada, já que essas plataformas costumam fornecer tecnologias antifraude que detectam irregularidades de forma automática, alertando os gestores. Além de outras camadas mais de segurança que impedem o acontecimento de gastos fantasmas.
Assim, alinhando a tecnologia às práticas já conhecidas, como as auditorias que mantêm a fiscalização, ações de incentivo a denúncias, penalidades ao descumprimento das regras e workshops de prevenção, essa ferramenta ajuda a reduzir para praticamente zero os atos fraudulentos.
Além disso é importante contar com profissionais e áreas especializadas que consigam ter um olhar mais crítico sobre o ambiente empresarial a longo prazo e analisar o setor financeiro como um todo para tomar decisões mais assertivas e rápidas caso isso venha a acontecer.
Diante desses insights, é válido ressaltar que a prevenção de gastos ilícitos é um tópico que deve ser tratado como prioridade máxima dentro das companhias durante todo o ano. Utilizando medidas preventivas e tecnologias corretas, a saúde financeira das corporações não sofrerá com surpresas desagradáveis.
Por Thiago Campaz
Fonte: itforum
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